sexta-feira, 3 de julho de 2009

PRÓLOGO

“Eu sabia que ia ser assim”, pensei antes de deixar que as lágrimas me dominassem. Mas eu não estava chorando, aquelas lágrimas caiam porque tinham vontade própria. Não, porque eu era uma idiota. Como acreditar naquilo? Como pensar no futuro? Como? Aquilo não podia ser verdade, eu sentia que não era. Devia ser a chuva que caia impiedosamente naquela noite, naquela rua vazia, com pessoas passando ao longe e alguns poucos olhares desconfiados. Devia ser o dia estranho, da semana estranha, do mês mais estranho de todos. Não, aquilo não era real.












Barão Vermelho - Flores do Mal

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