Nasci no dia 9 de maio de 1990, ás 10:35 da manhã, numa maternidade que nem me lembro do nome, mas que certamente lembraria do cheiro se entrasse nela novamente. Na minha década nasceu também a Ovelha Dolly e toda a revolução científica que ela trouxe consigo. A MTV também era lançada no ar com um clipe tosco da Marina Lima. No dia do meu nascimento a manchete do Diário de Pernambuco era mais uma idiotisse que o inteligente e burro do Collor estava fazendo. Dessas notícias não me lembro de nenhuma, e até os 7 anos não me lembro de nada. A primeira lembrança que me vem à cabeça sou eu pintando as paredes do meu quarto com o lápis de cor.
Nunca fui muito explosiva, nem efusiva. Nunca tive muita vida além do meu quarto. Nunca fui de falar muito, muito menos de ter amigos que não fossem minhas bonecas. Nunca fui de brincar em grupo a não ser pelos campeonatos de bolinhas de gude que eu sempre participava na rua. Minha maior alegria foi quando meu pai comprou um videogame, o super nitendo, para o meu irmão. Intrisicamente acho que fiquei alegre por não precisar mais falar muito, afinal, jogando você fica calado. Lembro que minha mãe se preocupou comigo muitas vezes por eu brincar só, e acho até que ela pensou que eu era autista.
Sempre gostei mais dos livros, da bonecas, dos lápis de cores e dos almanaques do que das pessoas, e acho que isso perdura até hoje, diferenciando que hoje tenho que me relacionar por necessidade.
Eu era feliz, embora não fosse o conceito de felicidade que todo mundo acredita, eu era feliz.
that´s all,folks.
Don´t Go Away - Oasis
Nenhum comentário:
Postar um comentário