terça-feira, 2 de setembro de 2008

Estava eu, num momento nostalgia ontem a noite, antes de durmir.
Não sei vocês, mas eu antes de durmir penso em tanta coisa que chega a entrar em curto,
quando isso acontece, eu pego no sono.
Será que eu posso morrer durmindo por isso?Oo
Fica a dúvida.

Pois bem, eu estava justamente a lembrar da minha infância e de como eu era, como posso dizer, uma peste.Isso mesmo.P-E-S-T-E. Creedo, eu me mataria se fosse hoje. serio. Mas bem, lembrei de um fato ocorrido aqui em casa, por causa da minha vizinha, que nem fala alto ta ligado? Ela tava reclamando de alguma merda que o pirraia dela fez[ que por sinal é um dos meus ;) ], ai lembrei disso.
Mas bem, deixando de enrolação, o que ocorreu foi o seguinte:

Numa das muitas férias que minha prima[ preciso citar nomes?não né? ]vinha passar aqui em casa, nós, como boas crianças felizes e criativas, queriamos brincar de fazer comida, mas como não podia ser com comida de verdade porque lógico sempre fomos conscientes[ mentira... é porque mainha nunca deixava ], recorriamos ao bom e velho mato, flor, capim e tudo que tiver de monte na rua, até areia servia como farinha, lógico, claro e evidente que a gente não comia né?era pelo simples prazer de fazer nojeira. Era e pronto. Admito. Bem, fomos lá na pracinha na frente da minha casa[ quando essa ainda tinha aspecto de praça, não motel ], pegamos algumas flores, capins, e tudo de verde que encontramos. Voltamos pra casa, cortamos uma garrafa peti [ que taaaanto o Brasil se orgulha ¬¬ ], e jagamos tudo dentro, mas assim, tuudo mesmo. Não sei se vocês sabem, mas a flor de nome papola[ assim que se escreve?Oo ], quando machucada, libera um caldinho, parece mel, sendo vermelho[ não é pra comer, diga-se de passagem ], pronto.Pegamos milhares dela escondido lógico, porque as flores não podiam ser pegas[ onomatopéia de risinho falso, por favor ], jogamos tudo, misturamos com água, e batemos. Depois de muito tempo curtindo aquela nojeira tooda, mainha chega. Como ela iria ficar puta com a melequeira que tínhamos feito, prontamente decidimos esconder aquilo num lugar seguro, para brincar posteriormente. Mas qual lugar? Nosso esconderijo secreto, lógico[ qual a criança que nunca teve um?Oo ], o nosso era no corredor que tem no quintal da minha casa, subindo pela grade, dá pra tipo uma entrada, de onde parte o banheiro, algo minúsculo, alto e perigoso pra subir. Três coisas que pirralha adora né?cá pra nós. Escondemos lá e como boas crianças, fingimos estar apenas brincando de fazer comida com o vento. Mainha olha, analisa e por fim conclui [ mentalmente, creio eu ]: Ah, que meninas mais comportadas!!! ^^ . Pois bem, até ai, ok, mas uma peripécia de criança. Só que passaram-se alguns dias e eu e minha prima muito ocupadas em inventar brincadeiras melhores, esquecemos da tal garrafa fechada, cheia de mato dentro, num canto onde tinha sol quase o dia todo.Esquecemos e preu. Passado mais alguns dias, resolvemos ir no nosso esconderijo secreto, e o que surpreendentemente encontramos lá? A garrafa. Muito felizes, carregamos ela pra baixo e resolvemos abrir.Vocês NÃO TEM IDÉIA do cheiro que estava aquilo, assim, pura merda mesmo. Bosta, cocô, defecagem ou como queiram chamar. Nossa, até hoje aquele cheiro não sai do meu nariz. Pois bem, constatado o fato, rimos horrores lógico, criança tem um temperamento esquisito, mas enfim, resolvemos não jogar no lixo, afinal, mainha ia sentir aquele cheiro né? Eu prontamente, peguei a garrafa aberta e ploft. Sacudi pra casa do vizinho. É. Isso mesmo. Entrei em pânico oras. Joguei liindamente, e fui ver onde tinha caído né? Pela zuada tinha sido no telhado da casa do cachorro, e pasmem, o caldinho estava escorrendo pelas telhas e caindo no chão. Obviamente que com a zuada a mulher veio ver o que raios era aquilo, e pelo tom que eu e minha prima descontrolavelmente ríamos, ela notou nossa TREMENDA FULERAGI. Pois bem, só sei que desde então, ela não fala mais comigo. Ok, ela se mudou tem o que? 7 anos? Acho que é. Mas até ela se mudar não trocou mais nem um piu comigo. Mainha lógico ficou sem entender, mas nem comentou. Eu dei graças a Deus que ela não se portou como as velhas aqui da rua que vinham como boas fofoqueiras contar minha peripécias pra mainha, que infelizmente passava o dia no trabalho.

Sim, essa não foi nem tão Pestal assim, tem várias.
Mas não sei porque lembrei disso ontem.
E ri. sozinha, por minutos, antes de entrar em curto e durmi.







Au revoir.






Falling Man - Blonde Redhead

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